Petrobras Prova Resolvida 2018 Engenheiro de Produção

Prova de engenharia de produção, Petrobras, 2018 (edital de dez/17).

O colega Iuri Petrocelli enviou suas resoluções, eu adicionei algumas coisas e alguns comentários do blog também ajudaram. Muito obrigado

(Achei mal elaborada, mal escrita, com questões sem resposta, outras erradas. Só a 70 foi anulada.)

A lista de todas as provas resolvidas do blog está no post "Todas Resolvidas"

21
No que diz respeito ao desempenho organizacional, quatro conceitos têm sido fruto de intensa reflexão: compressão estrutural; centralização/descentralização; distinção entre Linha e Staff; estrutura matricial e horizontal. Nesse contexto, a(o)
(A) compressão estrutural tem o objetivo de reestruturar a organização a fim de que o trabalho necessário seja executado da melhor forma com menos recursos humanos.
(B) organização horizontal é projetada para a execução de tarefas, enquanto a matricial volta-se para viabilizar o processo.
(C) empresa horizontal deve reduzir o número de funcionários em contato direto com fornecedores e clientes a fim de alocá-los em equipes de gerenciamento.
(D) aumento do fluxo de informação dentro de uma organização tornou mais fácil estimular a centralização.
(E) impacto dos sistemas de informação gerencial reforçou a distinção entre linha, que executa operações de rotina, e staff, encarregado do planejamento.

Resolução
A) Certa. Seria mais correto dizer que trabalha com menos níveis hierárquicos, ao invés de “recursos humanos”. Pois a compressão estrutural, tal como diz o nome, é na estrutura. E o downsizing (sinônimo) já foi criticado justamente por isso, por servir de pretexto para demissões.
B) Errada. Organização horizontal tem característica de poucos níveis hierárquicos, assim os funcionários têm mais autonomia, estimula a tomada de decisões (enriquecimento do cargo), o erro é esse. A estrutura matricial é híbrida de departamentalizada e por projetizada, no qual equipes compostas por pessoas de diversas áreas trabalham em projetos, mas sem dedicação exclusiva, nada a ver com “viabilizar o processo”.
C) Errado. Por ter menos níveis hierárquicos e pela autonomia e capacidade de decisão, não reduz o contato direto com fornecedores.
D) Errado. Devido à facilidade do fluxo da informação, ficou mais fácil descentralizar, todos têm acesso.
E) Errado. Mesma justificativa da anterior, com mais informações acessíveis, não reforçou a distinção.
Alt A.

22
A gestão de estoque de determinada empresa tem como base o sistema de média móvel semestral para previsão de compra dos seus componentes básicos. A Tabela a seguir apresenta as quantidades efetivamente consumidas nos últimos dez meses.
Nesse contexto, de quantas unidades deverá ser o pedido para o mês 11?
(A) 750            (B) 900            (C) 950            (D) 990            (E) 1000

Resolução
Trata-se de previsão de demanda por média móvel, no caso, é semestral. Significa que deve fazer a média dos últimos 6 meses para a próxima previsão.
 
Média = (750+750+900+1000+1200+1400)/6 = 1000     Alt E

23
A ideia de que vários pontos de vista são, geralmente, melhores do que um só está consolidada na gestão de desempenho e é materializada na formação de Equipes de Trabalho Autodirigido (ETA), forma de organização diferente do tradicional grupo de trabalho.
São características de ETA:
(A) ênfase na responsabilidade individual – objetivos executados pela própria equipe – compartilhamento da liderança.
(B) discussões em aberto – ênfase na resposabilidade mútua – avaliação do desempenho sobre a rentabilidade da empresa.
(C) produtos do trabalho coletivo – decisões e delegações – avaliação do desempenho pelo produto do trabalho coletivo.
(D) produtos do trabalho coletivo – discussões em aberto – compartilhamento da liderança.
(E) objetivos equivalem à missão organizacional mais ampla – discussões em aberto – produtos do trabalho coletivo.

Resolução (dos comentários)
"Equipes autogerenciadas: uma equipe autogerenciada é constituída de um grupo íntegro de colaboradores responsáveis por todo um processo ou segmento de trabalho que oferece um produto ou serviço a um cliente interno ou externo. Em níveis diferentes, os membros da equipe trabalham em conjunto para melhorar as suas operações, lidar com os problemas do dia a dia, planejar e controlar suas atividades. Em outras palavras, eles são responsáveis não apenas pela execução do trabalho, mas também por gerenciar a si próprios. Esse estilo de liderança traz um novo conceito de condução das equipes de trabalho, em que o líder reconhece e admite que as pessoas são capazes e têm competências, possuem um potencial criativo e estão envolvidas com a organização e seus objetivos, além de estarem buscando sempre mais responsabilidades. O líder deve transferir a coordenação e o controle das atividades para os membros da equipe, promovendo ajustes para manter o equilíbrio, estimulando e oferecendo acesso a novas lideranças, desprendendo-se continuamente de seu poder único para a tomada de todas as decisões." - NEUMANN, Clovis. Série Provas & Concursos

Equipes de Trabalho Autodirigido ETA
... busca superar a administração científica de Taylor e Ford, apresentando as mesmas características dos times de trabalho que se diferem apenas em virtude de:
• consistência: capacidade de demonstrar constância de propósito;
• intensidade: capacidade de demonstrar liberdade para agir e comprometimento;
• proatividade: capacidade de demonstrar insatisfação com situações acomodadas.
Nesta proposta, as pessoas crescem do individual para o coletivo, seus comportamentos tendem a favorecer o compartilhar de informações, solução de problemas mútuos, apoio entre os membros. Buscam planejar para cada vez melhorar seu desempenho e comprometem-se com a satisfação de sua clientela.

Autogerenciável dá uma ideia de grupo, então compartilha mais informações, há discussões abertas,  responsabilidades divididas, resultado da equipe, liderança compartilhada (por isso sem delegações.

Letra D.

24
Uma empresa utiliza o amortecimento exponencial simples para realizar a projeção de vendas, adotando uma constante de amortecimento de 0,2. A Tabela a seguir apresenta a série temporal da demanda real quadrimestral por um de seus produtos.
Sabendo-se que a previsão da demanda para o último quadrimestre de 2016 foi de 600 unidades, a previsão de demanda para o último quadrimestre de 2017 é de
(A) 492            (B) 596            (C) 640            (D) 718            (E) 800

Resolução:
Amortecimento exponencial. Observe que a tabela é da demanda real e foi dada a previsão do terceiro quadrimestre de 2016, 600 unidades.

Fórmula: Previsão Futura = Ultima Previsão + Cte*(Demanda real do último mês – Última previsão)
PrevisãoQ1 = 600 – 0.2(600-600) = 600
PrevisãoQ2 = 600 – 0.2(700-600) = 620
PrevisãoQ3 = 620 – 0.2(500-620) = 620-24=596

Alt B

25
Durante um ano serão compradas 1.000 unidades de uma determinada peça. O custo de armazenagem é de 10%, e o preço de compra é de R$ 3,00 por unidade. O custo de armazenagem da peça, em reais, se as compras forem feitas em lotes de 500 unidades, será de
(A) 5,00
(B) 10,00
(C) 50,00
(D) 75,00
(E) 150,00

Resolução
Aplicação direta da Fórmula do custo de armazenamento (também chamado de manutenção):
CA = Qm*C*I
Qm é o estoque médio (500/2) = 250
C é o custo unitário. 3 reais * 10% = 0,3
I são as taxas, neste caso não existem.
CA = 250*0.3 = 75
Alt D

responder às questões de nos 26 e 27.
A Tabela abaixo compara o planejamento com a execução de um determinado produto. No planejamento, estimou-se produzir quinze unidades a um custo de R$ 500,00 por unidade, enquanto a execução teve custos conforme apresentados a seguir.

26
Em termos financeiros, a variação de prazo no terceiro mês equivale, em reais, a
(A) – 150,00        (B) – 500,00        (C) zero        (D) 150,00        (E) 500,00

Resolução
Variação Prazo = Valor Agregado – Valor Planejado
Valor agregado é o produzido (não é o "custo real" da tabela). Até o terceiro mês, produziram 7 unidades. Valor planejado foi dado, 500 por uniadde e até o terceiro mês, produziram 9 unidades.

Variação Prazo = (7*500) – (9*500)
Variação Prazo = -1000

Mas o gabarito oficial diz -500 (letra B). Não sei como chegar... Mesmo se considerasse a variação de prazo APENAS no mês 3, o resultado seria zero, não -500. (No qconcursos , tem um comentário dizendo que está certo, mas a conta dele está errada.)

Gabarito oficial errado: alt B.

27
O índice de desempenho de custos ao fim do mês cinco é de
(A) – 0,675        (B) zero        (C) + 0,675        (D) + 1,000        (E) + 1,350

Resolução
IDC = VA / CR
IDC = Valor Agregado / Custo Real
IDC = (15*500)/(Σcustos mensais)
IDC = 7500/7500 = 1        

Obs: Índice de Desempenho e Desempenho de Custos são diferentes; IDC=VA/CR e DC= VA-CR. O mesmo vale para índice de desempenho e desempenho de prazo.

Alt D

28
Uma empresa possui dois depósitos para fornecer seus produtos em três cidades diferentes. A Tabela a seguir apresenta os custos de transportes de cada um dos depósitos para cada uma das cidades. Os depósitos 1 e 2 têm capacidades para armazenar, respectivamente, 300 e 400 unidades do produto. As cidades 1, 2 e 3 têm, respectivamente, demandas de 100, 350 e 250.


Resolução
A capacidade do depósito 2 é 400 unidades (dado no enunciado). Então o somatório do que sai de lá deve ser 400. A única alternativa com esse valor é a resposta. E os coeficientes (8,17,12) também estão certos. Alt A.


29
A Tabela a seguir apresenta as receitas e despesas anuais com a abertura de um novo depósito. O investimento inicial é estimado em R$ 5 milhões.
Em relação à viabilidade do projeto sob o critério do pay-back simples, verifica-se que ele
(A) se paga até o final do período 2.
(B) se paga até o final do período 3.
(C) se paga até o final do período 4.
(D) gera um retorno de R$ 9,1 milhões.
(E) causa um prejuízo de R$ 8,4 milhões.

Resolução
Para esta questão é necessário subtrair as Receitas das Despesas para encontrar o valor do Fluxo de Caixa Anual.
Ano 1 = 2300 – 1400 = 900 (mil)
Ano 2 = 3200 – 1600 = 1600 (mil ou 1.6 milhoes)
Ano 3 = 4000 – 1600 = 2400 (2.4 milhoes)
Ano 4 = 4000 – 1800 = 2200 (2.2 milhoes)
Ano 5 = 4000 – 2000 = 2000 (2 milhoes)
Como o investimento inicial foi 5 Milhoes, precisamos verificar quando será o payback.
- Até o ano 3, o Fluxo acumulado foi de 4.9 Milhoes (900+1.6+2.4). No ano 4 estes fluxo ultrapassa os 5 Milhoes. Portanto, Alt C.

Letra D – Falsa. O projeto gera um retorno de 9.1 – 5 = 4.1 Milhoes
Letra E – Ja vimos na alternativa acima que não gera prejuizo.

30
Uma empresa dispõe de R$ 50 mil para investir em um novo projeto. As Figuras apresentam os fluxos de caixa de dois projetos. As setas para cima significam receitas a serem recebidas até o final do período indicado, e a seta para baixo representa o investimento inicial.

Tendo em vista o critério do Valor Presente Líquido (VPL) e uma taxa de juros de 20%, verifica-se que
(A) nenhum projeto é viável.
(B) deve-se investir no projeto Y.
(C) deve-se investir no projeto X.
(D) o Projeto X gera um retorno de R$ 94.400,00.
(E) o Projeto Y gera um retorno de R$ 22.192,00.


Ou fazendo com i=0, chegaremos ao VPL máximo de cada um. VPLmaxX = 94400 e VPLmaxY=72192. Projeto X é melhor.

 Alt C

31
Uma determinada peça é utilizada na fabricação de um produto industrial. A demanda anual dessa peça é de 50 mil unidades, com custo unitário de R$ 0,10. Para emitir e colocar um pedido, tem-se um custo de R$ 10,00, e a percentagem de custo de manutenção do estoque é de 10% ao ano.
Considerando-se que as peças são adquiridas pelo lote econômico de compra, quantos pedidos deverão ser feitos por ano para atender a tal demanda?
(A) 1            (B) 5            (C) 10               (D) 50            (E) 100

Resolução:
LEC = lote econômico de compra
Cp = custo do pedido
D = demanda
Ce = custo unitário do estoque (ou de armazenagem); na questão, foi apresentado como 10% ... de quê? 10% do custo unitário de R$0,10

Ce = (10%*R$0,10) = 0,1*0,1 = 0,01

LEC = √(2*10*50000/0,01) = 10000

Observe que a questão quer a quantidade de pedidos, não o LEC.
Se a demanda é de 50000 por ano, então 50000/10000 = 5 pedidos. Letra B.

32
Uma empresa pretende realizar investimentos em um novo mercado. Para isso, estudou a região e elaborou a seguinte Tabela, apontando o retorno, em milhares de reais,que obteria de acordo com o vulto do investimento (pequeno, médio ou grande) e com as condições do mercado (boas, normais ou ruins):
A empresa descobriu, ainda, que existem 50% de probabilidade de o mercado estar em boas condições, 30%, em condições normais e 20%, ruins.
Com base em tais condições, o Máximo Valor Esperado (MVE) para a empresa será, em milhares de reais, de
(A) 3.000 para um grande investimento
(B) 2.300 para um grande investimento
(C) 2.350 para um médio investimento
(D) 4.500 para um médio investimento
(E) 650 para um pequeno investimento

Resolução:
Grande = 5000*0.50 + 2000*0.30 + (-4000*0.20) = 2300
Médio = 4500*0.5 + 1000*0.3 + (-1000*0.2) = 2350
Pequeno = 1000*0.5 + 500*0.3 + 0 = 650
Como a questão pede o Máximo valor esperado, devemos escolher o Vulto de Investimento médio, que nos proporciona o maior valor.
Alt C

33
A gestão de custos colabora com a tomada de decisão quanto a que, como e quando produzir e apura resultados das indústrias. Ela possui três metodologias principais que são: o custeio por absorção, o custeio variável (direto) e o custeio baseado em atividades (ABC).
Uma vantagem do custeio direto ou variável é que ele
(A) destaca o custo fixo, que é independente do processo fabril.
(B) identifica produtos e clientes mais lucrativos.
(C) identifica o custo de cada atividade em relação aos totais.
(D) exige reorganização da empresa antes de sua implantação.
(E) exige a implantação de um controle interno muito rigoroso.

Resolução:
A – Está certa, mas não a consideraram o gabarito. Como disseram nos comentários, no livro do Crepaldi, está explícito que o método que "destaca o custo fixo" é o custeio variável, pois o custo fixo é depois do lucro operacional, ou seja, "independe do processo fabril".
B – Gabarito oficial, é a certa. Pois fornece a margem de contribuição (Mg.Contr. = Preço-Custo Variável). MEGLIORINI corrobora no livro "Custos e Análise de Gestão": "identificação dos produtos mais rentáveis". Porém, Crepaldi atribui tal vantagem ao método ABC, com as mesmíssimas palavras da alternativa,
C – Isto é do custeio por atividade (assim como a letra D).
D e E – Totalmente erradas. Inclusive vale lembrar que o custeio variavel é apenas para fins gerenciais, pois não é permitido pela legislação brasileira. O permitido é o custeio por absorção.

Alt B.

34
Uma empresa fabrica dois produtos, conforme dados apresentados na Tabela abaixo, tendo um custo fixo (energia, mão de obra direta e indireta e manutenção e equipamentos) de R$ 200.000,00.

Pelo método de custo por absorção, os valores unitários dos produtos X e Z são, em reais, respectivamente,
(A) 4,00 e 5,00
(B) 4,00 e 6,00
(C) 5,00 e 6,00
(D) 5,00 e 8,33
(E) 10,00 e 8,33

Resolução
A banca fez o rateio pelo tempo unitário de produção, ou seja, 4h horas para X e 6h para Z. Isto significa que 40% do custo total foi para X e 60% para Z.

X: 20000*CustoX =200000*0.4
CustoX = 80000/20000 = 4

Z: 24000*CustoZ = 200000*0.6
CustoZ = 120000/24000 = 5

Alt A

35
Seja X uma variável aleatória normalmente distribuída com variância igual a 625 e o erro amostral da média definido como ε = - µ.
A proporção de amostras de tamanho 100 que terá erro amostral absoluto maior do que 1 é, aproximadamente,
(A) 3%
(B) 34%
(C) 69%
(D) 76%
(E) 97%

Resolução
Na transformação para a normal padrão, temos:
Z = (X – média)/desvio padrão

O desvio padrão é a raiz da variância, ou seja, vale 25.
Assim, Z = (1)/(25/raiz(100))= 0,4

Ou seja, se queremos amostras com erro amostral acima de 1, estamos buscando distâncias para a média populacional superiores a 1/2,5  desvio padrão, isto é, 0,4 desvio padrão.
Na tabela da distribuição normal, temos que para Zc = 0,4, temos:
P(0 < Z < 0,4) = 0,155. Logo, P(Z>0,4) = 0,50 – 0,155 = 0,345. Considerando que a normal é simétrica, para termos erro absoluto superior a 1, a probabilidade será de 0,345 + 0,345 = 0,69.

36
Um experimento consiste na realização de pesquisas por telefone, e o entrevistador obtém sucesso quando realiza a primeira entrevista completa. Esse experimento consiste em uma sequência de provas de Bernoulli - provas independentes e probabilidade de sucesso em cada prova constante igual a 0,2. O sucesso do experimento gera um lucro de 100 reais, e o fracasso, um custo de 20 reais. O experimento é repetido até haver sucesso, ou seja, até a obtenção de uma primeira entrevista completa.
A variância do lucro, em reais2, é de
(A) 320
(B) 400
(C) 480
(D) 8.000
(E) 8.120

Resolução (do qconcursos.com)
Podemos escrever a função lucro da seguinte forma:

L(x) = 100-20(x-1); onde x é o número de tentativas até se obter sucesso.
Simplificando a expressão temos que L(x) = 120-20x.

A questão pede a Variância de L(x). Então, aplicando a propriedade da variância que diz que Var(k+ax) = a^2 * Var(x), desde que K = Constante:

Var(L(x)) = Var(120-20x) = (-20)^2 * Var(x)

Para encontrar a Variância em uma distribuição geométrica (descrita na primeira frase do enunciado da questão) deve-se aplicar a fórmula:

Var = (1-p)/p^2 ; onde p= probabilidade de se obter sucesso.

Então: Var(x) = (1-0,2)/((0,2)^2) = 0,8/0,04 = 20

Com isso: Var(L(x)) = (-20)^2 * 20 = 400 * 20 = 8.000

Alt. D.

37
Nos termos da Lei no 13.303/2016, nas licitações e contratos de que trata essa Lei, serão observadas algumas diretrizes, dentre as quais a avaliação de impactos de vizinhança, na forma da legislação
(A) civil
(B) urbanística
(C) penal
(D) processual
(E) privada

Resolução: é o artigo 32, item IV, na sua forma literal: “IV - avaliação de impactos de vizinhança, na forma da legislação urbanística;“
Alt B

38
De acordo com a Lei Complementar no 123/2006, havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal e trabalhista, será assegurado o prazo cujo termo inicial corresponderá ao momento em que o proponente for declarado vencedor do certame, para regularização da documentação, para pagamento ou parcelamento do débito e para emissão de eventuais certidões negativas ou positivas com efeito de certidão negativa.
O referido prazo será de
(A) um dia
(B) dois dias
(C) três dias
(D) quatro dias
(E) cinco dias

Resolução: mais uma que a Cesgranrio colocou a literalidade da lei. Nesta foi o art. 43: § 1o  Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal, será assegurado o prazo de 5 (cinco) dias úteis, cujo termo inicial corresponderá ao momento em que o proponente for declarado o vencedor do certame, prorrogável por igual período, a critério da administração pública, para a regularização da documentação, pagamento ou parcelamento do débito e emissão de eventuais certidões negativas ou positivas com efeito de certidão negativa.

OBS.: provas em que leis são matérias "estranhas" (como é o caso, pois a prova era de engenharia), o que mais cai são números, prazos. E o padrão é 5 (dias ou anos) ou 30 dias. Se não souber o prazo, chute nesses.

Alt E

39
Nos termos da Lei no 12.846/2013, no processo administrativo para apuração de responsabilidade, será concedido à pessoa jurídica um prazo para a defesa, contado a partir da intimação, de
(A) dez dias
(B) quinze dias
(C) vinte dias
(D) trinta dias
(E) quarenta dias

Resolução: Artigo 11 na sua forma literal: Art. 11.  No processo administrativo para apuração de responsabilidade, será concedido à pessoa jurídica prazo de 30 (trinta) dias para defesa, contados a partir da intimação.
Alt D

40
De acordo com o Decreto no 7.203/2010, a vedação ao nepotismo familiar abrange o cônjuge, o companheiro ou o parente em linha reta ou colateral, por consanguinidade ou afinidade até o
(A) terceiro grau
(B) quarto grau
(C) quinto grau
(D) sexto grau
(E) sétimo grau

Resolução: Trecho do decreto: “III - familiar: o cônjuge, o companheiro ou o parente em linha reta ou colateral, por consanguinidade ou afinidade, até o terceiro grau.” – Alt A

41
Sr. X está buscando melhorar a operação de distribuição da empresa onde trabalha.
Uma das alternativas que ele está avaliando é o uso de um operador logístico, que é um
(A) meio de utilização de mais de um modo de transporte, para mover mercadorias até o seu destino, buscando atingir a satisfação total do cliente.
(B) fornecedor de serviços logísticos, especializado em gerenciar e executar todas ou parte das atividades logísticas nas várias fases da cadeia de abastecimento de seus clientes, agregando valor aos produtos dos mesmos, com competência para, no mínimo, prestar simultaneamente serviços nas três atividades básicas de: controle de estoques, armazenagem e gestão de transportes.
(C) sistema de distribuição em que os produtos são recebidos, selecionados e encaminhados para outro veículo, precisando de grande exatidão quanto ao tempo de entrada e saída desses produtos, resultando na redução do investimento em estoques e na otimização da utilização dos recursos de armazém.
(D) sistema de administração da produção que determina que nada deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora certa, reduzindo o tempo da mercadoria no depósito.
(E) sistema integrado de gestão com foco no cliente, constituído por um conjunto de processos/procedimentos organizados e integrados a um modelo de gestão de negócios, auxiliando na fidelização de clientes.

Resolução
Letra A é transporte intermodal ou multimodal. Letra C parece crossdocking. Letra D é just in time. Letra E descreve o "Customer Relationship Management", ou algo parecido.
Operador logísitico não é sistema. É uma empresa que executa várias atividades logísticas, como está na letra B.
Alt B.

42
Segundo a Teoria das Restrições, no processo de mapeamento de um fluxo produtivo, é essencial identificar e, principalmente, diferenciar os recursos que são gargalos dos recursos com capacidade restrita.
Nesse âmbito, um recurso com capacidade restrita
(A) apresenta restrição de capacidade conjuntural, requerendo ações que aumentem a capacidade do recurso ou mesmo aumentem a demanda de utilização desse recurso.
(B) apresenta restrição estrutural, requerendo ações que aumentem a capacidade do recurso ou mesmo reduzam a demanda de utilização desse recurso.
(C) apresenta restrição de capacidade conjuntural, cuja existência está relacionada a variabilidades no sistema produtivo e/ou a oscilações na demanda, requerendo ações de sequenciamento da produção e manutenção dos equipamentos para sua solução.
(D) apresenta restrição de cunho estrutural, cuja existência está relacionada a variabilidades no sistema
produtivo e/ou a oscilações na demanda, geralmente existindo em grandes números numa planta produtiva.
(E) pode ser solucionado com ações mais radicais, como a substituição por equipamentos mais eficientes, para o aumento da capacidade produtiva, pois são sempre recursos com restrições estruturais.

Resolução
“Para Antunes (1998) existe a necessidade tipificar os recursos que restringem a capacidade produtiva em Gargalos e Recursos com Capacidade Restritiva (CCR – Capacity Constraint Resource). Existe a diferença que está no motivo pelo qual cada um é formado. Um gargalo é estrutural, enquanto o CCR é conjuntural. Para o autor o gargalo se constitui de recursos cuja capacidade instalada é inferior à demanda de mercado, enquanto que os CCRs são restrições causadas em recursos com capacidades globais superiores a demanda, porém com temporariamente restringindo o fluxo por um aspecto conjuntural do sistema.”
 
Ou seja, CCR é uma restrição conjuntural, tem capacidade de produzir, porém, devido ao conjunto, está restringindo o processo. Gargalo é um problema estrutural, é um recurso sem capacidade de atender à demanda. Alt C

43
O desenho de qualquer processo produtivo de transformação, seja ele de produção de manufatura ou de serviço, requer, sobretudo, a identificação de características inerentes aos outputs (saídas) do processo analisado.
Os elementos que norteiam a diferenciação dos processos de produção, em função de seus outputs, são:
(A) materiais, informações e clientes
(B) instalações físicas, colaboradores e fornecedores
(C) volume dos produtos ou serviços requeridos, variação na demanda dos mesmos e informações
(D) volume, variedade e materiais
(E) volume, variedade, variação da curva de demanda e nível de visibilidade das atividades de uma operação percebida pelos clientes

Resolução
As 4 dimensões (4V, por Slack) que diferem as operações: volume (maior volume, menor custo unitário), variedade (maior variedade, maior flexibilidade, maior custo), variação da demanda (maior demanda, maior custo) e visibilidade (percepção do cliente, maior contato com cliente, maior a visibilidade, mais treinamento, mais custos). Alt E.

44
Na linha evolutiva da Administração Científica, Henry Ford aprimorou o conceito de linha de montagem, levando-a ao sistema de produção em massa, com intensificação do trabalho e redução dos custos.
Nesse contexto, identifica-se que o Fordismo introduziu a(o)
(A) economia de escopo
(B) economia de escala
(C) produção enxuta
(D) bem-estar no trabalho
(E) sistema de produção puxada

Resolução
A principal característica é a economia de escala. Produz mais, diminui o custo unitário.
Não confundir com economia de escopo, nesta existem dois (ou mais) produtos que utilizam o mesmo recurso. Ex: o chassi do carro X é o mesmo do carro Y, mas muda o motor, etc; a carcaça do notebook Z é o mesmo do W, o que muda é o hardware.
A produção enxuta e produção puxada vieram depois com o Sistema Toyota de Produção (just in time).
Alt B

45
O Sistema Toyota de Produção (STP) possui como um de seus pilares de sustentação, juntamente com a automação, a técnica de gestão Just in Time (JIT), cuja principal característica é puxar a produção de acordo com a demanda, ou seja, conforme requerida. Para ajudar a alcançar o objetivo do STP, o JIT possui as seguintes características:
(A) aumento da taxa de utilização dos recursos produtivos; eliminação de estoques no processo; manutenção apenas de estoques de produtos acabados.
(B) eliminação de estoques; eliminação de erros e defeitos; lote unitário; redução do setup time e do lead time.
(C) eliminação de estoques; aumento dos lotes de produção e de compra; eliminação dos erros; taxa máxima de utilização dos equipamentos da linha de produção.
(D) implantação de etapas de inspeção para identificação de produtos defeituosos; manutenção de estoques devido às incertezas do processo produtivo, visando à redução de impactos no tempo do ciclo de entrega ao cliente.
(E) melhoria no desempenho da fábrica através do aumento da capacidade produtiva; aumento dos estoques de segurança nos recursos considerados gargalos do processo produtivo.

Resolução
Fazer quando precisa, sob demanda, o pedido que "puxa" a produção. Assim, diminui todos os estoques e a taxa de utilização. O lote é pequeno. Quando fizer, não pode ter defeitos, todos se comprometem com a qualidade. O setup time tem que ser rápido para variar entre a produção do produto X e do Y. Alt B

46
O desenho da estrutura organizacional tem por objetivo orientar a melhor divisão de trabalho de uma organização para aumentar seu desempenho, dadas as diretrizes estratégicas. Para esse desenho, foram concebidos tipos de estruturas que são indicadas a determinados contextos de atuação da organização.
Associe o tipo de estrutura organizacional à sua característica de funcionamento apresentadas abaixo.

I - Estrutura funcional
II - Estrutura divisional por produto
III - Estrutura divisional geográfica
IV - Estrutura divisional por mercado

P - Caso em que o marketing dita o agrupamento das tarefas e as divisões são em função dos grupos de
clientes.
Q - Indicada a organizações para resolver problemas de controle associados à existência de muitos produtos, em diferentes localizações e diferentes clientes.
R - Tipo de estrutura na qual os profi ssionais e recursos de trabalho são agrupados por função e por produto simultaneamente, possuindo dois superiores hierárquicos.
S - Base da diferenciação horizontal, agrupando tarefas de mesma especialização.
T - Utilizada quando a organização tem dificuldades de coordenação do trabalho em função das exigências de cada local em que opera.
As associações corretas são:
(A) I - P , II - Q , III - R , IV - T
(B) I - P , II - Q , III - T , IV - S
(C) I - S , II - Q , III - T , IV - P
(D) I - S , II - R , III - P , IV - T
(E) I - T , II - Q , III - S , IV - R

Resolução
P – O marketing dita o agrupamento, leva em consideração grupo de cliente, ou seja está falando do mercado (IV)
Q – Busca resolver problemas de controle associados à existência de muitos produtos, portanto se relaciona com (II) estrutura por Produto
S – Agrupar tarefas de mesma especialização é característica marcante da estrutura funcional (I)
T – Fala em local que a organização opera, portanto, associada a (III) estrutura geográfica
I - S  ,  II - Q  ,  III - T  ,   IV - P     Alt C

47
No mesmo dia da compra de uma máquina produtiva nova para o parque fabril de uma empresa, o gestor responsável pela Contabilidade Gerencial da empresa informou corretamente ao seu Diretor que a forma de pagamento acordada com o fornecedor
(A) não guarda relação direta com a depreciação contábil.
(B) não interfere no Balanço Patrimonial (BP) da empresa.
(C) não aumenta o risco financeiro da empresa.
(D) gera, imediatamente, uma saída de caixa.
(E) impacta o lucro apurado na DRE da empresa.

Resolução
Com certeza a compra interfere no balanço da empresa, indo para o Ativo como Investimento e para o passivo como exigível.
A forma de pagamento pode aumentar o risco da empresa, imagine a compra de uma máquina de 5 milhões, com pagamento à vista em uma empresa pequena.
Agora, se o pagamento for negociado a prazo, não vai gerar "imediatamente" uma saída de caixa.
A forma de pagamento não impacta o lucro apurado na DRE, uma vez que o lançamento não é feito de acordo com o pagamento, mas pelo princípio da Competência.
A depreciação não tem relação direta com a forma de pagamento, uma vez que ela é o encargo periódico atribuído aos bens por uso, desgaste ou obsolescência. Passa a contar a partir da compra, independente da forma de pagamento, se já pagou ou não.
Alt. A

48
Ao analisar a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) de 2017 de uma empresa industrial, o gestor observou que o respectivo custo dos produtos vendidos (CPV) consumiu 90% da Receita Líquida gerada no mesmo ano.
A empresa apresentou lucro líquido positivo menor do que o lucro bruto no mesmo período de análise. Considerando-se a Receita Líquida, e não a Bruta, como base de análise das margens, a margem líquida calculada no mesmo período ficou no intervalo de 0% a
(A) 1%            (B) 10%            (C) 11%            (D) 90%            (E) 99%

Resolução
Lembrando:
+Receita bruta
- Deduções (devoluções, impostos, descontos)
=Receita líquida (ROL)
-CMV ou CPV
=Lucro bruto
-Despesas operacionais
=Lucro líquido
 
O total deve ser 100%. Se os custos já consumiram 90%, a margem só pode ser de 0% a 10%, tendo em vista que não há mais informações. Alt B.

49
Durante o planejamento estratégico anual, os Diretores de uma empresa de turismo adotavam diferentes estratégias de precificação. Historicamente, essa empresa vende 50 pacotes turísticos por semana, a um preço unitário médio de R$ 8.000,00. Visando a obter mais ganhos em tempos de crise, essa empresa pretende dar descontos especiais nos feriados e datas comemorativas. Por exemplo, para o Feriado de Corpus Christi, a empresa planeja fazer uma promoção, diminuindo o preço do pacote para R$ 5.000,00, esperando, assim, uma procura maior por pacotes turísticos.
Qual a menor quantidade de vendas por semana que se faz necessária para que a promoção realizada permita à empresa ganhar, ao menos, R$ 500,00 adicionais para cada pacote turístico vendido para o Feriado de Corpus Christi?
(A) 32                (B) 50                (C) 78                (D) 80                (E) 84

Resolução
Gabarito oficial foi letra E, mas deveria ter sido anulada por falta de dados ou, forçando, a resposta seria 89.
Vendendo os 50 pacotes a R$8000 cada, ela fatura R$400.000
O desejo da empresa é "ganhar, ao menos, R$500 adicionais para cada pacote turístico vendido" no feriado, ou seja, a cada pacote vendido por R$5000.

Mas os R$500 adicionais é comparando com o quê? Só pode ser os R$400.000
Assim, vai vender X pacotes a R$5000 ganhando R$500 por pacote.
X*R$5000 = R$400.000 + X*R$500
X=400.000/4500 = 88,8.

Algumas pessoas (inclusive do Estratégia) fizeram assim: "R$8.500 x 50 = $ 425.000 Para faturar $425.000 ao preço de $5.000, a empresa deve vender no mínimo 85 pacotes. $425.000 / $5.000 = 85 pacotes." Dessa maneira, supõe-se que venderá os 50 pacotes, ao meu ver, estaria errado, pois a empresa não sabe se vai vender os 50 pacotes. De qualquer maneira, 85 não é a resposta.

Gabarito oficial errado (ninguém chegou): alt. E

50
Uma fábrica possui uma máquina extrusora no processo de fabricação de garrafas pet. Uma das especificações de qualidade acordadas com o cliente é a espessura da garrafa: o cliente aceita variações entre 0,16 mm e 0,24 mm.
Sendo assim, garrafas produzidas com espessura fora desse intervalo são reprovadas. A máquina extrusora fabrica garrafas com espessura média de 0,18 mm, com desvio padrão de 0,02 mm.
Qual a capabilidade dessa máquina extrusora?
(A) 1,33            (B) 1,00            (C) 0,67            (D) 0,33            (E) 0,33

Resolução:
Cp pode ser entendido como "precisão" e Cpk como "exatidão" (mas há divergências). A precisão é atingir uma parte do alvo várias vezes, não é o centro, mas foi preciso. Exatidão é acertar o alvo.
 
Mas o que é capabilidade, Cp ou Cpk? Não sei, em provas anteriores, já caiu sendo tanto um como outro. A fórmula de um é a metade do outro, Cp divide por 6s e Cpk divide, cada um, por 3s.

Dados:
Média = 0.18 e Desvio(s) = 0.02
LSE = 0,24 e LIE = 0,16 à são os limites superior e inferior de especificação (desejado pelo cliente)

Cp = (LSE - LIE)/(6s) = (0,24-0,16) / (6*0,02) = 0,67

Cpk =  mínimo entre [ (Xmédia - LIE)/(3s) ou (LSE - Xmédia)/(3s) ] = (0,18 - 0,16) / (3*0,02) = 0,33

Os dois valores aparecem nas alternativas. Do meu ponto de vista, com o Cp não é possível dizer se a máquina atenderá ao pedido ou não, então deve ser calculado o Cpk. Nos comentários, disseram que por ser uma média viesada (real, medida, com viés, falhas inerentes), tem que ser Cpk.

Gabarito oficial: alt D.


51
A Gestão da Qualidade Total (do inglês, Total Quality Management, ou TQM) consiste em uma abordagem
sistêmica da qualidade em todos os níveis da organização. Assim, diferente das abordagens do Controle da Qualidade Total, a TQM aborda todos os processos organizacionais, considerando não só a empresa, mas também os atores que fazem parte da cadeia (clientes, distribuidores, fornecedores, etc.). Sob esse aspecto, algumas
abordagens conceituais orientam ações importantes, que apoiam e sustentam a visão da TQM nas organizações.
Relacione essas abordagens tipicamente presentes na TQM com as ações que elas orientam.
I – Balanced Scorecard
II – Gerenciamento da Rotina
III – Gerenciamento de Processos
IV – Gerenciamento pelas Diretrizes

P - Ações advindas de um trabalho de modelagem, análise, resolução de problemas e implantação de melhorias que contribuem para o desempenho organizacional.
Q - Ações na organização que alinha objetivos e metas em todos os seus níveis hierárquicos, de
forma a garantir a sua sobrevivência no ambiente competitivo em que se encontra.
R - Ações voltadas para o aumento da produtividade da empresa pela redução, ou mesmo eliminação, de estoques.
S - Ações orientadas por medições dos objetivos estratégicos da empresa e organizados e articulados em diferentes dimensões.
T - Ações e verificações diárias conduzidas para que cada pessoa possa assumir as responsabilidades no cumprimento das obrigações conferidas a cada indivíduo e a cada organização.
As associações corretas são:
(A) I - Q , II - T , III - R , IV - S
(B) I - Q , II - T , III - S , IV - P
(C) I - R , II - Q , III - P , IV - S
(D) I - S , II - P , III - R , IV - S
(E) I - S , II - T , III - P , IV – Q

Resolução:
T – "Verificações diárias" = Rotina (II)
P – "Modelagem, análise, melhorias" = Processos (III)
S – "Objetivos estratégicos articulados em diferentes dimensões" = BSC (I) –> Dimensões financeiras, Cliente, Processos Internos, Aprendizagem.
Q – Sobrevivência a da empresa à competição é uma característica do Gerenciamente por Diretrizes (IV)
Alt E

52
Em Projetos de Desenvolvimento de Produto (PDPs) existem arranjos organizacionais que se mostram mais adequados que outros, dependendo da natureza do projeto. Há quatro arranjos organizacionais que podem ser utilizados nesses projetos: estrutura funcional, estrutura peso leve, estrutura peso pesado e equipes autônomas.
Os arranjos organizacionais baseados em equipes peso pesado são mais indicados quando houver
(A) baixa interdependência entre as atividades previstas no projeto
(B) ciclos de vida mais longos de um mercado previsível
(C) concorrência fortemente baseada em custos
(D) poucos recursos alocados ao projeto
(E) exigência de novas competências não desenvolvidas na organização

Resolução
O mais usual é "funcional, matricial (fraca a forte), por projeto". Mas cada autor gosta de inventar suas denominações, essa é do Wheelwright (ratificada por Rozenfeld), sendo que "peso leve" e "peso pesado" são equivalentes a "matricial fraca" e "matricial forte".
 
Então, equipe "peso pesado" tem funcionários alocados no projeto em tempo integral, possui um gerente de projetos (o próprio "pesado") e recebe atenção e recursos da alta direção. Ou seja, não são poucos recursos. A resposta mais próxima é E. Tabela 2.1 do PMBOK.

Gabarito oficial errado (mais um): alt D

53
Em um planejamento estratégico de longo prazo, é fundamental que a empresa avalie a lucratividade média do setor em que atua, conhecendo, assim, a atratividade que o ambiente lhe proporciona. O quadro conceitual correto com o qual a empresa poderá fazer tal avaliação denomina-se
(A) Cinco Forças
(B) Análise SWOT
(C) Análise de Recursos
(D) Cadeia de Valor
(E) Mapa Estratégico

Resolução
Analisar o ambiente e posicionar a empresa de acordo é característica da escola prescritiva de Posicionamento (as 10 escolas estão no livro “Safari deEstratégia” do Mintzberg). Dispõe que a estratégia é um processo analítico. Incentivada por Michael Porter, adota a visão que a estratégia se reduz a posições genéricas selecionadas por meio de análises formalizadas das situações da indústria, tais como as avaliações feitas por meio do modelo das cinco forças competitivas. Nessa escola, a formulação da estratégia deve ser precedida de exame profundo da indústria e de uma minuciosa análise do ambiente externo e interno. Alt A

54
O gerente de compras de uma rede de papelarias precisa montar um modelo que faça a previsão do lucro esperado da venda de cartões de Natal na rede. Ele faz um pedido de uma determinada quantidade de cartões em setembro, e as vendas acontecem até o final de dezembro. Aquilo que não for vendido pode ser vendido como papel para reciclagem. O custo unitário de um cartão é R$ 2,00, o preço de venda é R$ 4,00, e ele consegue uma receita de R$ 0,10 por cartão reciclado. Como a demanda é variável de ano para ano, o gerente sabe que deve utilizar seus conhecimentos de simulação para montar este modelo. Para tal, ele montou e determinou a distribuição de probabilidade da demanda com base nos dados históricos. Além disso, gerou uma sequência de 10 números aleatórios (entre zero e um), a partir de uma distribuição uniforme contínua, mostrada na Tabela abaixo.


O lucro esperado médio, em reais, para uma ordem de compra de 1.200 unidades, considerando a receita de reciclagem, é de

(A) 2.016,00 
(B) 2.166,00
(C) 2.226,00
(D) 2.286,00
(E) 2.346,00

Resolução
(Mais uma questão errada de uma prova confusa...)
Nos comentários, colocaram uma resolução complexa que usa os números aleatórios e a probabilidade em % fornecidos. Chegou ao resultado, 2166. Porém, errou ao considerar o número aleatório 0,00932 (da simulação 1) como 9,3% (mais um erro da banca?), o correto seria 0,93%.
 
Outra maneira de chegar ao resultado, 2166, seria esquecer as simulações E A PROBABILIDADE (%) dadas:
O lucro por venda é de R$2 e o prejuízo por cartão reciclado é de R$-1,90 (negativo)
Se a demanda for de 1000 cartões, lucrará com a venda dessa quantidade e terá prejuízo de 200 cartões:
(2*1000) + (-1,90*200) = 1620
 
Se a demanda for de 1100, lucra vendendo 1100 e recicla 100:
(2*1100) + (-1,9*100) = 2010
 
Se a demanda for 1200 ou mais, ele só terá lucro, pois não reciclará nenhum cartão. Então para as demandas 1200, 1300 e 1400:
(2*1200) = 2400 à 2400*3 = 7200
 
Somando e fazendo a média: 10830/5=2166 à que é o resultado e o gabarito oficial.
No entanto, essas contas desconsideram as probabilidades da tabela! A chance da demanda ser 1000 é de 10%. A chance da demanda ser 1100 é de 20% e assim por diante. O correto seria pegar cada um dos lucros e multiplicar pela probabilidade de acontecer e somar tudo:
1620*10% + 2010*20% + 2400*40% + 2400*20% +2400*10% = 2244. Valor que nem está nas alternativas.
 
Gabarito oficial (mais um) errado: alt B.

55
A série temporal trimensal de vendas de unidades de óleos lubrificantes em um posto BR, sua média trimestral centrada e os índices de sazonalidade são dados nas Tabelas abaixo:
 
Qual a previsão aproximada de unidades de óleos lubrificantes a serem vendidas no 2o trimestre de 2018, considerando-se o efeito sazonal?
(A) 300                         (B) 320                         (C) 340                         (D) 346                         (E) 398

Resolução (dos comentários do blog)
Primeiro, você resolve a equação. Como o 4º semestre de 2017 é o período 24, o 2º trimestre de 2018 será o período 26, é o número que substitui o x na equação dada.
Assim, fica: y = 4,8139*26 + 221,3 à y = 346,4614.
 
Em seguida, aplica-se o índice de sazonalidade dado do 2º semestre: 1,148144.
Fica 346,4614*1,148144 = 397,787577642, alternativa E.
No computador, vc resolve em dois minutos, mas as multiplicações são bem chatas.
Durante a prova, arredonde!
Alt E.

56
Um analista precisa avaliar econômica e financeiramente um projeto de investimento e, para tanto, projeta prováveis fluxos de caixa livres para a empresa que seriam decorrentes desse investimento inicial. Ele optou por projetar fluxos de caixa nominais, considerando uma taxa de inflação anual positiva, prevista para a duração da vida útil do projeto. A taxa mínima de atratividade nominal da empresa projetada é de 18% a.a.. Sendo assim, ele corretamente descontou seus fluxos de caixa projetados a uma taxa
(A) de 18% a.a.
(B) negativa
(C) positiva, menor do que 18% a.a.
(D) maior do que 18% a.a.
(E) igual à taxa interna de retorno do projeto

Resolução: Se a taxa mínima de atratividade é de 18% ao ano, é preciso descontar os fluxos de caixa da empresa utilizando essa taxa, visando verificar se o VPL será positivo ou não. Alt A

57
Considere que a taxa livre de risco de um país, projetada para os próximos 10 anos, é de 3% a.a., e que o prêmio de risco de mercado considerado para este país é de 6% a.a.. O intervalo de todos os valores do custo de capital próprio de acionistas de uma determinada empresa de um setor específico desse mercado é
(A) [0,09 ; +∞)
(B) (-∞; 0,09]
(C) (-∞ ; + ∞)
(D) (-∞; 0,06]
(E) [0,06 ; +∞)

Resolução
O custo de capital próprio é medido por:
Re = Rf + β(Rm-Rf)
Re – custo de capital próprio
Rf – taxa livre de risco (dado: 3%)
β – mede o risco de uma empresa em relação ao risco sistemático (não diversificável) de mercado; igual a 1 é diversificado, é o mesmo risco médio do mercado; maior que 1 é mais arriscado; menor que 1 é menos que o mercado; negativo, está indo contra o mercado.
(Rm-Rf) – prêmio pelo risco (dado: 6%)
(Fonte: Assaf Neto)
 
A questão forneceu quase todos os dados, faltou o β, que pode assumir qualquer valor (inclusive negativo). Assim, os valores variam de -∞  a + ∞. Custo de capital próprio negativo seria muito endividada. Alt C.

58
A análise do arranjo físico de uma instalação industrial ou de serviço tem como resultado o posicionamento dos recursos de transformação, juntamente com fluxo dos recursos transformados na operação, de forma a alcançar uma melhor eficiência produtiva com, por exemplo, menor tempo de processo e redução de risco aos materiais em si e à sua qualidade. Considerando a necessidade atual de imunização da população de algumas cidades do Brasil contra a febre amarela, qual seria o tipo de arranjo físico mais adequado aos postos de vacinação, dadas as características desse serviço e no elevado volume necessário?
(A) Arranjo físico espacial
(B) Arranjo físico funcional
(C) Arranjo físico celular
(D) Arranjo físico de produto
(E) Arranjo físico de posição fixa

Resolução
Se considerássemos uma área de vacinação dentro de um hospital, seria funcional. Porém, é um posto de vacinação e só faz uma atividade: vacinação. Então é por produto (em linha), baixa variedade, alta repetição, grande volume
. Alt D.

59
Após a introdução de um novo produto ou serviço, ocorrem mudanças tanto no próprio projeto do produto quanto no projeto do sistema de produção. Contudo, as inovações no produto ou no processo tendem a ter intensidades distintas, em função do estágio do ciclo de vida onde o produto esteja situado.
Nesse âmbito, a quantidade de mudanças ou inovações no processo tende a começar a aumentar
(A) no estágio de introdução do produto
(B) no estágio de diversificação do produto
(C) apenas a partir do estágio de maturidade do produto
(D) a partir do estágio de declínio do produto
(E) a partir do estágio de crescimento do produto

Resolução
A inovação do produto tem maior intensidade na fase de introdução. Nessa fase o produto é levado ao mercado e há maior flexibilidade. Influencia dos stakeholders pode moldar o produto. Esforço intenso de marketing e focado em estabelecer uma identidade clara e promover o conhecimento do produto.
Já as invoações do processo terão maior intensidade na fase de crescimento do produto (o foco é na eficácia, atender ao cliente), pois "o produto começa a se firmar no mercado, aumenta a demanda e alteram-se os processos produtivos. Na fase de crescimento há rápida aceitação do mercado. A empresa procura aumento de capacidade para obter maior volume de produção pela padronização de partes e componentes, automatização de processos, fabricação para estoque, etc." - Laugeni.  Alt E

60
A Administração da Produção possui, em sua linha evolutiva, o surgimento de teorias que impactaram o desempenho de processos produtivos. Um deles é o sistema Just in Time (JIT), que surgiu no Japão, na década de 1970, sendo considerado uma filosofia de práticas gerenciais.
Nesse contexto, o JIT é classificado, quanto ao nível de inovação, como
(A) Inovação modular
(B) Inovação incremental
(C) Inovação de ruptura
(D) Inovação arquitetural
(E) Inovação radical

Resolução
Lembrando que inovação não precisa ser algo inédito no mundo inteiro, pode ser inovação apenas para um mercado ou até para uma empresa. Pode ser em processo, produto, marketing ou organização.
As inovações mais citadas são a radical (algo novo, de ruptura) e a incremental (melhoria significativa em algo que existe).
Mas existem também as inovações modular (mudança no conhecimento do componente, não na arquitetura) e arquitetural (aumento do conhecimento arquitetural, não do componente).
O just in time, com suas ideias de produção puxada, estoque zero e outras, é  uma inovação radical (citada algumas vezes no Slack). Alt E.

61
Os indivíduos frequentemente cometem equívocos na tomada de decisão por vieses cognitivos.
A esse respeito, considere os três exemplos descritos a seguir:
1. Um potencial empregador pergunta a um candidato a uma vaga qual era o seu salário anterior, e ele responde aumentando o real valor com a expectativa de uma oferta melhor.
2. Alguém que tem habilidades intelectuais e interpessoais mais fracas do que outra pessoa apresenta maiores probabilidades de superestimar sua capacidade e desempenho.
3. Uma moça estava namorando há seis anos. Embora ela própria afirmasse que o relacionamento não era satisfatório, marcou a data do casamento porque já havia investido muito na relação.
Identificam-se nos três exemplos, respectivamente, o viés de:
(A) autoconveniência, disponibilidade, representatividade
(B) confirmação, aleatoriedade, compreensão tardia
(C) ancoragem, excesso de confiança, escalada do comprometimento
(D) informação coletiva, custo passado, facilidade de lembrança
(E) consenso de problema, questionamento dialético, heurística

Resolução
Questão de tomada de decisão. "Viés cognitivo" é um "atalho" do pensamento (existem vários tipos) que atrapalha influencia a decisão.
"Ancorar" é "sustentar". No caso 1, o candidato espera que o empregador se ancore no salário antigo do candidato para oferecer um maior.
O caso 2 é um viés famoso: "quanto menos sabe, mais quer discutir", "o que sabe menos acha que sabe muito e se sente confiante". É a confiança.
Caso 3 é a situação em que a pessoa resiste em desistir, continua no erro, compromete-se cada vez mais, mesmo com histórico negativo.
Alt C.

62
Considere o seguinte problema de programação linear:
Max: 5x1 + 2x2
sujeito a
x1 ≤ 3
x2 ≤ 4
x1 + 2x2 ≤ 9
x1,x2 ≥ 0
Nesse problema, verifica-se que
(A) x1 = 0 e x2 = 5 é uma solução viável para o problema.
(B) x1 = 3 e x2 = 4 é uma solução viável para o problema.
(C) x1 = 1 e x2 = 4 é uma solução inviável para o problema.
(D) x1 = 3 e x2 = 3 é uma solução viável e a ótima do problema.
(E) x1 = 0 e x2 = 4 é uma solução viável e a ótima do problema.

Resolução
Primeiro, veja se x1 e x2 de cada alternativa atende às restrições. Depois, substitua na função principal.

A) x2 = 5 não atende à restrição x2 ≤ 4.

B) x1 = 3 e x2 = 4 não atende à restrição: 3 + 2*4 ≤ 9.

C) Diz que é inviável, mas é viável, pois atende a todas restrições.

D) x1 = 3 e x2 = 3 é viável, substituindo na função principal: 5*3 + 2*3 = 21.

E) x1 = 0 e x2 = 4 é viável, substituindo na função principal: 5*0 + 2*4 = 8.


Como pede para maximizar, a correta é alt. D.

Considere a Tabela a seguir para resolver as questões de nos 63 e 64.
A Tabela apresenta cinco tarefas, o tempo necessário para sua execução e seu início e término.


63
Utilizando-se as técnicas de Planejamento e Controle da Produção e admitindo-se que as tarefas estejam ordenadas segundo o critério de sequenciamento “primeiro a entrar, primeiro a sair” (PEPS), o tempo total de processo e o tempo médio de processo, em dias, são, respectivamente,
(A) 11 e 2,2
(B) 15 e 3,0
(C) 18 e 3,6
(D) 30 e 6,0
(E) 86 e 17,2

Resolução
Mais uma polêmica de uma prova muito mal elaborada. O gabarito oficial foi letra E, em que o tempo de processo é a soma da coluna "Término", 86 dias. Assim, a tarefa B, por exemplo, esperou por 8 dias até ser utilizada por 3 dias e essa espera foi contada como sendo "do processo". Estranho, pois "tempo de processo" tem como referência o produto sendo produzido. A espera da tarefa não conta. O tempo de processo é do produto e o produto demorou 30 dias para ser finalizado.

Há muitos comentários abaixo sobre isso, disseram que a questão se baseou em um exemplo do livro Administração da Produção, em que a intenção do Steve é diminuir a permanência dos projetos no escritório (a 2ª ed. usava o termo "tempo total DE processo", na 8ªed que mudaram para "tempo total NO processo"):

O que, para mim, continua sem fazer sentido somar a coluna "tempo de término"... Seria como dizer "a tarefa E começou dia 14 de junho e durou 1 dia; então, no dia 15 de junho, começou a tarefa B e durou 3 dias, terminando no dia 18 de junho; o tempo no processo foi de 15 + 18 = 33 dias"!

E, por exemplo, ao somar o tempo de término de A (4+5=9) com o tempo de término de D (4+5+2=11), você está somando o "4" e o "5" duas vezes, como se os dias das tarefas fossem distintos. Alguém entende?
De qualqer maneira, o exemplo do livro é diferente da questão, em que são tarefas sequenciais e a pergunta é o tempo DE processo do produto (não quanto tempo a tarefa ficou no processo).

Para mim, deveria ser letra D (mas não importa...).
Mais um gabarito oficial errado (neste caso, até tem base teórica esquisita...): letra E.

64
Ao alterar o critério de sequenciamento para o de “menor tempo de operação”, verifica-se que, em relação ao critério PEPS, o tempo total de processo e o tempo médio de processo
(A) permanecem iguais
(B) aumentam
(C) diminuem
(D) aumenta e diminui, respectivamente
(E) diminui e aumenta, respectivamente.

Resolução
Reoordenando pelo menor tempo, troca a linha de D pela A e fica assim:

O tempo de processo é o mesmo, pois está em linha, sequencial. Mas fazendo a soma doida, resulta em 65, diminui. Letra C.

65
A Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) propôs uma agenda global para o desenvolvimento sustentável, e publicou o relatório “Nosso futuro comum”, também conhecido como Relatório Brundtland, publicado em 1987. A definição de Desenvolvimento Sustentável, proposta nesse relatório, é particularmente caracterizada por
(A) incluir a questão do aquecimento global como restrição ao crescimento econômico vigente.
(B) incluir a questão do efeito estufa como prioritária para o equilíbrio sustentável.
(C) fundamentar os modelos econômicos para incorporar as dimensões sociais e políticas no cenário internacional, considerando os diferentes poderes de negociação entre as nações.
(D) fundamentar as premissas teóricas de desenvolvimento econômico, que levem em consideração os aspectos socioambientais, como o modelo de sustentabilidade de Solow- Brundtland.
(E) introduzir a noção da intergeracionalidade no conceito de sustentabilidade, associando-a à noção de justiça Social.

Resolução
É o que mais cai. O relatório Brundtland diz sobre Desenvolvimento Sustentável: “O desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.” Em outras palavras, é a letra E ("intergeracionalidade, justiça social").

Observe que é a alternativa mais genérica, não poderia ser "fundamentar a economia", como está nas alternativas C e D.

Alt E

66
TT é engenheiro e exerce a função de executivo na Sociedade Empresária K. Tendo em vista o sucesso de sua gestão, ele é convidado para presidir a Sociedade Empresária AA. Diante da necessidade de reorganização dessa sociedade, estabelece, logo de início, a adoção de um Código de Ética dos postulados constantes em tal código. TT, para realizar a transparência nas organizações, estabelece um setor de
(A) publicidade
(B) marketing
(C) governança
(D) divulgação
(E) imprensa

Resolução
Com exceção da Governança (alternativa correta), todas as outras tem o mesmo viés. A questão fala de transparência na gestão. Não tem relação com divulgação ou publicidades, mas com a boa gestão. Uma das principais preocupações é garantir a adesão dos principais atores a códigos de conduta pré-acordados, através de mecanismos que tentam reduzir ou eliminar os conflitos de interesse e as quebras do dever fiduciário. Outro assunto relacionado e já cobrado na Petrobras é a Lei Sarbannes-Oxley, aprovada pelo governo norte-americano em 2002, com o propósito de restaurar a confiança do público em geral na governança corporativa. Alt C.

67
A Fundação Prêmio Nacional da Qualidade desenvolveu, inspirada no Prêmio Malcolm Baldrige americano, um Modelo de Excelência em Gestão (MEG) que vem sendo amplamente utilizado como base para avaliação do Sistema de Gestão da Qualidade de empresas brasileiras. O MEG consiste, pois, em um modelo que define um(a)
(A) plano de ação objetivo e orientado para alcançar os objetivos estratégicos definidos pela alta gestão.
(B) método para identificar problemas e eliminar falhas e desperdícios em toda a organização.
(C) conjunto de objetivos organizados em diferentes perspectivas estratégicas.
(D) referencial para gestão da organização, com base em melhores práticas de gestão.
(E) prescrição das melhores práticas de gestão a serem adotas pelas empresas.

Resolução
"O Modelo de Excelência da Gestão® (MEG), lançado em outubro de 2016, tem objetivo de estimular e apoiar as organizações brasileiras no desenvolvimento e na evolução de sua gestão para que se tornem sustentáveis, cooperativas e gerem valor para a sociedade e outras partes interessadas."

"O Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) é o carro-chefe da FNQ para a concretização da sua missão, que é a de estimular e apoiar as organizações brasileiras no desenvolvimento e na evolução de sua gestão para que se tornem sustentáveis, cooperativas e gerem valor para a sociedade e outras partes interessadas." - Site do FNQ.

O MEG é baseado no cicle PDCL (Plan, Do, Check, Learn).

FNQ era "Fundação Nacional da Qualiadde", mas mudou sua área de atuação para gestão. Acho que nem tem mais o "Prêmio Nacional da Qualidade". Muitas das questões tratavam dos seus fundamentos e critérios. Mas parece que isso mudou em 2019 e tem aparecido menos em provas. Quando aparece, é mais ligado à qualidade da gestão pública. 

Alt D

68
Sabe-se que a gestão efetiva da manutenção industrial traz inúmeras vantagens e vem tornando-se uma fonte de vantagem competitiva para várias empresas. A Gestão da Manutenção depende da escolha correta e da implantação de alguns indicadores de desempenho. Um desses indicadores, o de Disponibilidade, relaciona alguns tempos envolvidos no processo de manutenção. Esses tempos são representados abaixo.
P = Tempo Total Que a Empresa se Propõe a Trabalhar
Q = P - Tempo Planejado de Não Funcionamento
R = Q - Tempo de Manutenção Preventiva
S = R - Tempo de Manutenção Corretiva
T = S - Atrasos de Processos

Dados esses tempos, a Disponibilidade é dada por
(A) S / P
(B) S / Q
(C) S / R
(D) T / P
(E) T / Q

Resolução
Disponibilidade é o tempo real de produção (tempo trabalhado, funcionando) dividido pelo tempo programado. Reflete os eventos (quebra, setup, etc) que afetam diretamente a disponibilidade de operação do maquinário.
Disp = TO/TTD
TO = tempo de operação, tempo trabalhado efetivamente
TTD = tempo total disponível

Valem as seguintes relações:
TO = é o Q menos os tempos de manutenção, ou seja, o S
TTD = é o tempo total que a empresa se propõe a trabalhar menos o tempo planejado de funcionamento, ou seja, é o Q.

Inicialmente achei que era Alt E, porém vale lembrar que os atrasos nos processos – T – não entram no calculo de disponibilidade, pois, apesar do atraso, continua disponível. Entrariam no calculo do índice de produtividade (em caso de baixa velocidade ou pequenas paradas) ou no calculo do índice de qualidade (se fosse defeitos e retrabalho ou problema de start-up – arranque ou partida).
S/Q. Alt B

69
Um estudo do sistema produtivo de uma fábrica de medicamentos levou à identificação da etapa de embalagem como o gargalo da produção. Por isso, foi feito um trabalho específico de dimensionamento da capacidade do equipamento de embalagem. Sabe-se que o equipamento opera 16 horas por dia, durante 6 dias na semana, e que sua especificação técnica indica uma capacidade de 12 embalagens por minuto. Sabe-se, também, que o equipamento encontra-se fora de operação em alguns momentos.
Esses momentos foram identificados e medidos, conforme indicado abaixo.
• Absenteísmo – 12 horas/ semana
• Falta de matéria-prima – 6 horas/ semana
• Falhas diversas – 8 horas/ semana
• Manutenção preventiva – 15 horas/ semana
• Setup de produção – 10 horas/ semana
• Troca de turno – 5 horas/ semana
Com essas informações levantadas, a eficiência do equipamento de embalagem é de
(A) 27,1%
(B) 41,6%
(C) 58,3%
(D) 60,6%
(E) 68,7%

Resolução
Classificando em perdas ou parada programada:
Absenteísmo 12h – perda 
Falta de matéria-prima 6h – perda 
Falhas diversas 8h – perda 
Manutenção preventiva 15h – parada programada
Setup de produção 10h – parada programada
Troca de turno 5h – parada programada

Capacidade projetada – é a teórica, sem paradas, sem perdas. No caso, 16*6 = 96h.
Capacidade efetiva – é a projetada sem as paradas programadas. 96 - (15+10+5) = 66h
Produção real – é o que realmente aconteceu, ou seja, já subtraiu as perdas e paradas programadas da projetada. 66 - (12+6+8) = 40h

Eficiência = Prod.Real/Cap. efetiva = 40/66 = 60,6%. Alt D.
              
70 ANULADA
Uma fábrica de pisca-piscas usados em árvores de Natal vem apresentando problemas relacionados à
confiabilidade de seus produtos. Foi conduzida, então, uma avaliação dos problemas operacionais que levam
a falhas, e um indicador importante para se fazer um diagnóstico é o Tempo Médio entre Falhas (TMEF). Foram então amostrados 100 pisca-piscas e testados durante 1.000 horas. Desses 100 pisca-piscas, 5 apresentaram
falhas, como segue na Tabela abaixo.
O TMEF do sistema de produção do pisca-pisca, em horas, é de
(A) 1.000            (B) 4.000            (C) 24.000            (D) 96.000            (E) 100.000

Resolução:
TMEF, como a sigla diz, é o tempo que demorou entre uma falha e outra. A fórmula é:
TMEF = tempo de operação/número de falhas
 
Dos 100 pisca-picas, 95 não apresentaram falhas durante o teste de 1000h: 95*1000 = 95000
Dos 100, 5 apresentaram falhas nos tempos das tabelas, ou seja, funcionaram por determinado tempo até falhar:
Pisca 1 = 100
Pisca 2 = 150
Pisca 3 = 200
Pisca 4 = 250
Pisca 5 = 300
Soma = 100+150+200+250+300 = 1000
 
Tempo de operação = 95000+1000 = 96000
Falhas = 5
TMEF = 96000/5 = 19200
 
Sem resposta, ANULADA.